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Uili Bergamin [Poeta e Escritor Brasileiro]

Uili Bergamin-Nasci em Bento Gonçalves e ainda criança mudei-me para Cotiporã. Já adulto, estabeleci-me em Caxias do Sul, onde venci inúmeros prêmios literários, nacionais e internacionais. Sou autor de seis livros: "O Sino do Campanário" (contos), "Cela de Papel" (novela), "Do Útero do Mundo" (poesias), "A Ilha Mágica" (juvenil), "Contos de Amores Vãos" (contos) e "Tetraedro" (crônicas) em parceria com mais três autores caxienses. Também escrevo para a Revista Acontece Sul, onde indico bons livros e colaboro para jornais da região.

"O difícil não é a gente ter boas idéias. Nem falar delas. Difícil mesmo é encontrar alguém, especial, que as ouça. No entanto, pior do que não ter a quem contar o que a gente sente, é contar o que a gente sente a quem não sente o que a gente conta. É dolorido. É o diabo." Trecho do livro "Cela de Papel".

Uili Bergamin: a força literária de Caxias do Sul

Uili Bergamin é um dos melhores exemplos da força literária de Caxias do Sul. Além de se destacar ganhando inúmeras premiações literárias na Serra Gaúcha, ele escreve para jornais e revistas, participa dos eventos culturais das charmosas cidades sulistas, escreve livros que viram best-sellers nas escolas caxienses e ainda tem fôlego para bancar um blog onde ele conta suas andanças e informa o que há de novo Brasil afora. Longe dos livros, Uili ainda mostra que é excelente anfitrião, conhece o Sul de olhos fechados e faz questão de convidar seus amigos e escritores a provarem (e lerem) o que Caxias tem de melhor.

                                                                                        Paula Cajaty



Livros:

O Sino do Campanário

Coletânea de catorze contos e obra inaugural do autor, publicada em 2005 pela Editora Maneco. O conto que nomeia a obra narra a história de um padre que, aos 70 anos, revê sua vida e relembra um grande amor do passado. A solidão do celibato, a angústia de estar terminando de viver, o fracasso de uma vida que não realizou seus sonhos nem o de seus pais, faz com que transfira suas dores ao sino de sua igreja, como única forma de redenção. Praticamente todos os contos têm como fio condutor a crença, o amor e a dúvida.

Cela de Papel

Segundo livro, publicado em 2006, esta obra também ficou entre as mais vendidas da Feira do Livro de Caxias do Sul. Novela fragmentada, com nuance autobiográfica, Cela de Papel é uma obra profunda e faz uma verdadeira apologia ao livro e ao hábito da leitura. Tudo aqui é metalinguagem. Inovador para os padrões de nosso mercado editorial, é uma obra obrigatória para os amantes da literatura de invenção. Uma fantasiosa alegoria sobre a arte das letras. Como diria José Clemente Pozenato: “Quem gosta de saborear as palavras, não na sua ‘literatice’, mas na sua vasta possibilidade de combinações dentro da panela do texto, vai se deliciar com este livro.”
Novela fragmentada, com nuance autobiográfica, publicada em 2006 pela Editora Maneco. É uma fantasiosa alegoria sobre a arte da leitura.



  Do Útero do Mundo
 
Publicado em dezembro de 2007, esta coletânea de poesias compila toda minha obra escrita em versos. Com poemas impiedosos e intensos, luminosos e sombrios, a maioria dos textos que compõem a obra já obteve alguma premiação literária. Considerado um dos melhores lançamentos de livro de poesia já realizado na região, Do Útero do Mundo vem sendo elogiado pelos leitores e pela crítica. Nas palavras do poeta Wagner Hertzog: “A poética bergaminiana está repleta de encantos furtivos, sentenças abissais, colorações lúgubres, fazendo brotar daqui e dali uma rara beleza. Desponta, em todos os cantos, uma suave, porém contundente melancolia.”

A Ilha Mágica

Conto juvenil, ilustrado por Karen Basso e premiado nacionalmente, foi lançado em 2011 pela Editora Maneco. Fábula romântica, repleta de elementos fantásticos, simbologias e referências à grandes obras universais do gênero, o livro é um convite para um encontro com o desconhecido, em busca de um objetivo maior. Nesta jornada Rocinante é um navio que atravessa mares, e seus tripulantes, fidalgos doentes de amor em busca de uma Dulcinéia oculta, encontram uma terra habitada por acontecimentos e criaturas estranhas, que os levarão a importantes descobertas sobre si mesmos.

Contos de Amores Vãos

Esta obra, publicada em 2011 pela Editora Maneco e contemplada via LIC Federal, contêm vinte textos independentes, vários deles premiados em concursos nacionais, que versam sobre um aspecto inusitado do amor: sua impossibilidade de plenitude e a frustração que isso acarreta. A sensação de incompletude se faz presente em cada página. Os contos transitam entre o realismo e o realismo fantástico. Também no formato os textos fogem do convencional, alternando formas narrativas.



[Cada um olhando para dentro de si e perguntando:
Quem é você? O que fez antes de chegar aqui?
Quem é você, que comigo se parece, mas a quem não sei reconhecer?]

A Ilha Mágica


[Conversaram durante horas. Depois, durante dias.
O computador virou uma espécie de mundo.
Levava-lhe o melhor do tempo. Quanto mais escrevia,
mais se labirintava. Sobre os lábios, constante intenção de riso.]
 Contos de Amores Vãos


Quase

a vida é uma sombra errante
o sonho triste dum comediante
que se pavoneia tanto, tonto
caindo sempre, a todo instante
e no minuto que lhe reserva a cena
sonha, se envaidece
chega a dar dó
chega a dar pena
para depois não ser mais ouvido
cair no abismo
para sempre esquecido
é um conto de fadas sem importância
que nada significa
mas que no auge dessa louca dança
no meio frêmito dessa ânsia
faz brotar uma pompa típica
é só um discurso tépido narrado
um canto longe meio mal cantado
por um idiota cheio de lamúria
por alguém que pensa ser algo
por uma voz cheia de medo
e fúria
a vida é uma sombra quase
a vida é um sonho quase
e se a vida é mesmo sonho
os sonhos, sonho
quase



[Toda essa vida que a gente não busca nem escolhe,
e que, geralmente, tem um final inesperado.
Mas essa é a magia de viver:
buscar uma solução que se sabe não existir.]
O Sino do Campanário




Uili Bergamin
Todos os direitos autorais reservados ao autor. 

Um comentário

Marisete Zanon disse...

Eu sabia que já o conhecia, pois ele foi publicado antes de mim no Projeto Aquele poema da professora Gerlane Fernandes. Gosto muito de como escreve, adoro os autores gaúchos, a maneira de trabalhar com as palavras. Há uma diferenciação que não consigo explicar. Parabéns mais uma vez e parabéns ao meu amigo Daufen Bach que sempre traz bons escritores para a Revista Biografia. Um abraço a ambos!