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Pedro Rodrigues Junior/Nunno Dora [Poeta, Músico, Compositor e Escritor Brasileiro]

Nunno Dora é Pedro Rodrigues Junior. Mestrando em Língua Portuguesa na Universidade Católica de São Paulo, a Análise do Discurso é linha de pesquisa descoberta em meados da pós-graduação propriamente, linda ferramenta para exercício de entendimento social da arte.

A Poesia é forma de expressão desde a adolescência.

A partir do violão, que é primeira via de acesso a esse universo amplo da criação, seguem-se Composições Musicais, também realizadas até hoje. Pedro (Nunno) tem participações em três antologias: Vitral 2000, de alunos da PUC-SP, da Editora Olho D’Água, Universo Paulistano I e II, recentes publicações da Andross Editora e Eventos Educacionais. Atitude Egoísta é um livro próprio, lançado em 2002 pela Editora Nativa. Agora, no prelo, aguarda-se o Ato Burro.




Alguns trabalhos de Pedro Rodrigues Junior/Nunno Dora

Grilo

um grilo
me mordeu
um dia
salto
verde
para
a porta
sangra
o cômodo
de esperança



GRILO II

um grilo
morreu
um dia
a esperança
apodrece
a morte
bem-vinda
maldita
realidade




Tradução da vontade da existência de Deus

Em um livro, de uma biblioteca no Brasil
saiu, velozmente, um pensamento.

Queria chegar lá em cima
e, no mínimo, ver o planeta,
mas na sua forma azul,
não no incitante cinza
de velocidade estonteante
daqui, donde não se sabe
o momento de parada:
a partir de si, em linha reta,
até alcançar o branco floco
reticente, nuvem...

Querer-se-ia saber onde é,
para de lá soltar-se
de tudo no nada,
sentir um beijo d´Ele;
precipitações límpidas
satisfazem a visão.

Cair na terra num
mesmo enquanto,
com a cara lavada
dos maus tempos,
e, como um anjo,
sentir a reação do mundo
à Sua boa vontade,
eterno, etéreo, inteiro,
transplacente,
depois da chuva.





Areia

As ondas de azar e ardor exasperante
Ressacam as marés de dor e amor
amarelados
Quem sabe a venturança boa
e a coragem nos refaçam
A aventura do apetite de ter vontade
A que do mesmo jeito que leva e traz e
grita e cala
Palpita a vida à adaga
Que longe alisa o horizonte desenhado
Lapso sem ilusão
Uma ilusão de fixo lapso
E úmida voa a rosa
Num mar de ar vermelho
Qual respira um homem não sendo
um homem - um corte
Sobre a carcaça de um gago, ao mar
areias escritas sem pegadas

Castrato

Associações livres
de pensamento?
Obrigatoriamente
orgânicas!
O sacrifício da beleza
sobe aos céus,
aos seus iguais,
e diferentes.
Anseios inconfundíveis
fundam personalidades
seculares, as mesmas
inevitavelmente.
E quem paga a conta...
é sempre o feminino
mais que desejado,
invejado que é!
Perversidades
de fusão, domínio e posse.
Espelho de veneno sangre,
irresitível à morte:
ressurgente...
O canto ainda anda
no limbo.

Música e Poesia

Pedro Rodrigues Junior/Nunno Dora
Todos os direitos autorais reservados ao autor.

 
 

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