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Mirian Marclay Lemos Melo [Poeta Brasileira]

Mirian Marclay Lemos Melo. Nascida a 22 de Março de 1977.

Advogada, já teve poesias publicadas em 1992 e 1993 no projeto Palavra Viva do Colégio Positivo - Curitiba/PR.

Cresceu em Cuiabá, onde viveu de 1980 a 1991, tendo cursado o curso de direito em Curitiba/PR e regressado a Cuiabá em 2004. Escreveu esporadicamente durante estes anos, mas regressou a sua essência, a da poesia, neste presente ano de 2011, contando com mais de 111 poemas registrados sob o título de LIRISMO À FLOR DA PELE. 
Seu blog:http://www.lirismoflordapele.blogspot.com/

 FLOR HUMANA

São nos silêncios, da minha boca, das minhas letras
Das tuas lassas, da minha ternura, do mútuo ímpetuo
Que lavro meu mundo de palavras em pura aliteração
Dos termos inexistentes, do criar e deixar criar-se.

São solidões de almas dicotômicas que se encontram,
Em ajuntamento de expressões e que guardam formas anatômicas,
Que a flor selvagem se refugia no espírito templário da poesia.
Resgatando-nos da algoz vida o poema toma voz, eis-me. Tomo forma.

Assim, estamos no limbo de nós, {(és)+cravo} a cravar o prego
Enquanto sou doce mel de rosa árabe, dos beijos que nego...
Uma essência de mulher atemporal, cujos ciclos de vida são infinitos...
Forjarme-ei até que alcance o verbo na conjugação mais que perfeita!

Transformada em verbo que sou, o verbo que encerra o verso
E na própria vida que se faz do verbo, em saga de compilar outros verbos e
Meu próprio dicionário, minha branca e negra poesia, meu molde literal!
Escrevi-me. Sou real. Sou poetisa. Sou flor humana, sou lírica à flor da pele...


A ELEVAÇÃO

Eleve-me e ame...
Ame o corpo, os olhos,
As ancestrais mãos do espírito inquieto
Que tece letras.
Esqueça o resto...eu...sou metamorfose cíclica!

Ame os modos, o rir, as buscas, os dons
As perguntas sem respostas, as intangências.
Eleve-me e ame, ame, sem trégua
As faces, os disfarces, cada ocultamento!
O amor que faço através do ato de amar a mim.

Eleve-me em flocos de neve, em taças que te bebem,
Com o meu cheiro que te perfuma e penetra a pleura
Eu que vim ser, cristal fluídico, essência própria
Sou igualmente as vontades abismais de romance.

Dance-me em brumas, em plumas, em sedas,
Em nada menos que ápices atmosféricos de Avalon.
Eleva-me em sentir.
Ame-me muito antes, do despir.



A ARTE DO DESEJO

Não queria desejar o desejo de dar-me em beijo. Esse quase misterioso ato de conjunção.
Essa quase convulsão meteórica de corpos.
Trafego centenas de quilômetros em teu corpo, só, já fazendo parte de ti, em meu celestial pensar.
E chego...no sentir...da arte de desejar... através de um beijo...que profane tua alma
E que te faça profanar as estruturas postas.
Um beijo, onde sejamos adão e eva, os únicos, a povoar o paraíso de nós mesmos, em  choque de astros dilacerados pelo querer.
Em que você permeie o mar de mim e as ondas dos meus cabelos, que se perca entre o espaço do queixo e do colo.
Nada que possuo é em vão. 
Nenhum estado, nenhuma dúvida. 
Tudo é milimetricamente significante.
Eu não queria beijar, nem desejar, nem perceber as emanações, olhares, essas expectativas do depois, 
Quando sequer houve um antes, um agora.
Somos produtos de exasperações, de instantes em que se pergunta qual a razão que move o  desejo?
Como controlar o sangue que me corre nas veias?
E já te beijo mesmo sem beijar.
Já são tão teus os meus lábios, estes lábios que inocentemente por mim restaram guardados.
Qual éter sou o sussurro em ti, e este beijo que te olha o fundo da alma.
Em cantos de boca, em cantos da tua face, em disfarce do que a linha não descreve,
Neste breve silêncio de palavras quando bocas se encaixam.
Não há mais fala.
Só ouço a música.
Assim, tudo começa e nem tudo termina, em salas, quartos, recônditos.
Tantas vezes, olhando céu azul, em busca de compreensão, é no desejo, 
O  qual já não tento desfragmentar que me entrego.
E te vejo.
Em sofreguidão de tantos beijos... dos meus ensejos de transpor os espaços...
E aquele nunca querer-te, antes dito por esta boca que te beija,  resta aos meus pés caído,
Repisado em lágrimas doces,
Vendo a  razão arrebatada pelo torpor  da guerra perdida  pelo desejo...insano e sem explicação...




DOCE VAMPIRA


Na noite ela é negra
De alma corrompida
Ela é ambigüidade em palavras
Bandida...

Na noite ela suga
Cada sopro de vida
Destrói a si mesma
Sem medida.

Na noite ela olha
As vitimas
Face a face!

Pois durante o dia
A poesia
É seu disfarce!

Mirian Marclay Lemos Melo
Todos os direitos autorais reservados a autora.

7 comentários

ange sauvage disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ange disse...

Cheguei para ver teus poemas, e te dizer que a intensidade das tuas palavras, me tocam fundo. Parabéns.

Gil Façanha disse...

Te admiro demais, nobre poetisa. Teu talento, tua intensidade, tua paixão pelas letras... tudo isso faz de você uma poetisa que eu admiro demais. bjo grande, bela.

Pedaço do Céu disse...

Mirian, parabéns minha amiga, pela emoção passada em seus textos, sempre vibrantes e carregados de emoção!

Renato Ferraz

Unknown disse...

Linda amiga , flor cuiabana ...Parabéns tuas letras de poetar são grande inspiração ...A pessoa linda que és e q poetisa talentosíssima , fazem esse trilhar de luz...Beijos...

blog da luciana disse...

Querida Amiga e poetisa Mirian Marclay lemos Melo

A arte de escrever.

A arte de escrever vem de dentro do ser.
Ela tem a sua morada no coração humano.Pois lá a alama fala.

A arte de escrever é colocar em rabiscos de palavras( poesias) no papel, o que esta alma está a dizer.

Assim fazes querida amiga .Quem sente porque tocas o coração das pessoas.

Bjs Luciana Saldanha Lima

HÉLIA VIDAL disse...

LINDA, AMIGA, DOCE, MAS ACIMA DE TUDO MUITO TALENTOSA!
ADORO LER O QUE ESCREVE...
UM BEIJINHO TERNURENTO AMIGA LINDA.